Wardrobe malfunction (4)



Acreditam que não conheço ninguém que não tenha uns jeans? A sério.
Devem ser (e com razão) presença obrigatória nos guarda fatos da humanidade!
O code name dos jeans devia ser versatilidade porque servem para todas as ocasiões. Se forem coordenados corretamente são sempre um sucesso. É aquela peça que (nos) muda instantaneamente: basta trocar as sapatilhas pelo tacão alto (nem precisamos de abdicar da t-shirt) e PAM! Arrasamos.
Com os jeans certos podemos ser poderosas ou descontraídas, arrojadas ou contidas, desleixadas ou clássicas, hippies, yuppies, rebels...Já não há limites para a imaginação quando falamos deles.

Para quem não sabe, o tecido dos jeans aparece pela primeira vez em Nimes (França) e servia, sobretudo, para fazer roupa de trabalho incluindo calças para marinheiros italianos.
O que ficou conhecido como “tecido de Nimes” (algodão sarjado: resistente, flexível e duradouro) popularizou-se como “Denim” e nos EUA chegou mesmo a ser utilizado na cobertura das carroças dos mineiros, durante a época da corrida ao ouro. Foi nesta ocasião que um senhor (visionário) chamado Levi Strauss decidiu que seria perfeito para fazer calças para os mineiros. O primeiro lote de sucesso foi marcado com o código 501 e tornou-se no seu modelo mais famoso, mesmo nos dias de hoje.

Porque são jeans? Porque os tais marinheiros italianos (mais propriamente genoveses) chamavam às suas calças “genes” e a coisa pegou.

(Curiosamente celebra-se, todos os anos na Austrália, o Jeans for Genes Day. Neste dia pede-se às pessoas que usem jeans no trabalho e na escola e que façam uma doação para ajudar na investigação de doenças genéticas, de deficiências congénitas e do cancro nas crianças. Esta angariação de fundos, que também acontece no Reino Unido, reverte a favor do Children’s Medical Research Institute ) 

Esta peça icónica já teve muitas “caras e feitios” ao longo dos anos. Atualmente múltiplos estilos e colorações coabitam nas lojas o que, muitas vezes, dificulta a escolha. Há jeans para todos os gostos e para todos os corpos e os modelos fazem variar a largura e cumprimento da perna, a altura da cintura, o feitio do corte e até o número de bolsos.

Para mim, que sou fã incondicional, o meu par de jeans favorito é aquele que tende mais para o tradicional porque, apesar de ser uma peça de roupa que nunca sairá de moda, convém que permaneça o mais atual possível:
- simples (sem aplicações nem cortes);
- tonalidade escura (azul índigo);
- corte para bota, a direito ou ajustados sem apertar demasiado (boot cut, straight cut ou slim fit);
- cintura média ou alta (median/ high waist);
-5 bolsos (contando com aquele bolso pequenino, que ninguém sabe verdadeiramente para  que serve).

Há anos que sou a orgulhosa proprietária de umas Levi’s 501, que nunca abandonarei apesar dos outros pares de jeans pendurados no meu guarda roupa.
Levi's 501
 Já agora, e antes de passar às sugestões, dizem por aí (mito urbano?!?) que não se devem lavar os jeans... podemos pô-los no frigorífico ou ao sol para matar as bactérias mas nunca os devemos lavar. Motivos? Tira o aspecto usado que dá caracter aos jeans e impede a cor de desvanecer uniformemente, podendo mesmo danificar o tecido.  
 
Só para que conste: eu lavo os meus jeans!
Mango
Massimo Dutti
Max Mara Cropped Jeans
Salsa

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