Não insistir versus desistir

A minha mãe diz muitas vezes "O Homem põe e Deus dispõe".
Podem substituir por Deusa, Vida, Karma...o que quiserem, desde que o significado se mantenha. 
Ou seja, por muitos planos que se façam (ou não se façam) às vezes as coisas simplesmente não acontecem.
Ora, depois da frustração do flop de maio, estávamos convencidos que agora é que era.
Íamos mesmo fazer o Caminho de Santiago.
Para não azarar (mania de sermos supersticiosos) nem sequer organizamos nada com antecedência.
Estávamos em modo "se der deu, se não der, paciência (mas claro que vamos)".
Pois não deu mesmo e lá se foi, de novo, o Caminho por "água abaixo".
Mas vendo as coisas pelo lado positivo (que a vida tem de ser levada assim) até foi bom não irmos porque, depois de uma semana de férias improvisadas para compensar, percebi que não estava minimamente preparada para fazer 25km por dia, durante 9 a 11 dias.
E a culpa foi toda minha porque "meti na cabeça" que não era necessário o treino diário de que tanta gente me falou.
Teimosa.
Agora percebo que não só é necessário como é fundamental.
Por isso, este ano não vamos insistir mais nesta aventura; vamos deixar a arrefecer e, em 2017, logo se vê.
Entretanto a palavra de ordem vai ser "caminhar", nem que seja porque faz bem ao corpo e à mente.
Não insistir não é desistir. 
É simplesmente aceitar que não é a altura certa para que isto aconteça.
E como diz uma sábia amiga minha: "quando tiveres de fazer o Caminho, fazes".

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