"Regresso às origens"...
...é o nome de um dos artigos da revista "Saber Viver" que mereceu toda a minha atenção, não fosse o assunto de grande interesse para a minha pessoa.
Vou começar por dizer que, (quase) de certeza, nunca serei vegetariana nem vegan, apesar de, pontualmente, frequentar restaurantes do género e gostar imenso.
Sou uma carnívora convicta.
Mas isto não invalida que deixe de me preocupar com a forma como são criados os animais que fazem parte da minha alimentação e tente, mesmo, diminuir o seu consumo. Também me preocupo com o tipo de vegetais e frutos que vão parar ao meu prato e, quando posso, opto pelas versões biológicas. Lembro-me sempre da frase "somos o que comemos".
Mas isto será outra história (para breve).
Voltando ao artigo em causa, cito a introdução: "únicas, simples e com uma mensagem de respeito pelos animais, as marcas vegan estão a conquistar terreno no mundo da cosmética".
E foi exatamente isto que me interessou porque, já faz algum tempo que optei por comprar cosmética mais natural e cruelty-free (comecei pela Yves Rocher, empresa que se assume como a criadora da cosmética vegetal, e agora sou cliente habitual da Body Shop, que tem como lema a beleza inspirada pela natureza e nunca testada em animais) e pretendo erradicar da minha vida todos os produtos que não entram nestas categorias.
Segundo a autora do artigo da "Saber Viver", alguns nomes conhecidos da alta cosmética já cederam a esta tendência natural e têm linhas que assumem um compromisso verde, ou que são especificamente vegan e, o mais importante de tudo, cruelty-free.
Isto é uma excelente novidade para todos aqueles que vivem apenas para as marcas porque mostra que, na cosmética, é possível estar in e fashion e ser, ao mesmo tempo, consciente e responsável.
Nunca, NUNCA, nunquinha percebi porque é que os animais devem sofrer em prol da beleza e da higiene humana... parece-me uma agressividade tão brutal e pré histórica... A ciência e a investigação evoluíram e, felizmente, existem alternativas. Não é preciso andar por aí nos laboratórios a massacrar coelhos, ratos, macacos, porcos...para quê? para fazer pinturices de guerra? Idiotice.
E antes que me apontem o dedo, eu uso maquilhagem diariamente por isso posso falar!
(A hiperventilar)
(A respirar fundo)
(A contar até 10)
(Voltei)
Confesso que ainda estou, apesar de tudo, um pouco verde (bom trocadilho) no que respeita à escolha dos produtos até porque, agora, o mercado está cheio deles. Quanto a isto, o artigo ajudou-me a perceber (entre outras coisas) como distinguir os vários tipos:
- os naturais combinam ingredientes originários da natureza com outros de origem sintética
- os orgânicos têm uma fórmula 100% natural
- os vegetarianos podem utilizar ingredientes de origem animal desde que estes não tenham sido mortos no processo
- os vegan não utilizam ingredientes de origem animal e são cruelty-free (os ingrediente e o produto final não são testados em animais)
Em caso de dúvida, aconselha ainda a estar atenta a alguns símbolos:
Na minha busca por mais informação pós leitura, acabei por esbarrar com a "The Green Beauty Concept", "uma loja online de produtos naturais, orgânicos e não tóxicos de alta
qualidade, criada com o objetivo de sensibilizar o público português
para o mundo da beleza natural de luxo."
Fiz a minha primeira encomenda, a semana passada, de amostras de alguns dos produtos que, possivelmente, vou comprar. Esta é uma das vantagens deste site: podemos experimentar (mas as amostras são pagas). Numa caixinha de papel reciclado chegaram então:
- toalhitas com removedor de verniz com derivados vegetais adequados a vegans
- creme de dia para o rosto aprovado pela sociedade vegetariana
- desodorizante orgânico e vegan
- shampoo com ingredientes de agricultura orgânica
- gel de limpeza para o rosto artesanal e orgânico
Estou ansiosa por testar cada um deles (depois digo alguma coisa).
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