Há dias para tudo...

...e o dia 3 de janeiro é o Dia do Festival do Sono.
O quê?!? E não é feriado?!?
É que não dá jeito nenhum trabalhar no dia de "colocar o sono em dia"! No pós festas, o sono é outra coisa que, para além do peso, está em situação critica.
"Festival do Sono" soa tão bem...eu que nem sou dada a festivais, a este já me rendia.
Na net diz que (é só Googlar) "como não há regras para a celebração deste dia, a pessoa pode simplesmente fechar os olhos e descansar da forma que mais lhe agradar, seja na cama, no sofá ou na cadeira favorita."
Olha que bem.
Então amanhã não estranhem a placa "não incomodar" na porta do meu gabinete (este ano vou levar as comemorações muito a sério). Já me estou a imaginar numa grande soneca, depois do almoço (que é quando o "João Pestana" gosta de atacar as pálpebras indefesas) numa das várias e confortáveis posições: encolhida na cadeira, esticada em cima da secretária ou com a cabeça encostada ao monitor (em cima do teclado está fora de questão porque não vou andar o resto da tarde com "qwertyuiop" marcado na testa). 20 minutinhos a "passar pelas brasas" (mais 10 para acordar) e devo ficar "fresca que nem uma alface".
Pelos vistos os nossos hermanos é que são espertos porque, supostamente, a "siesta" tem vantagens: melhora a concentração, o estado de alerta e a memória; reduz os níveis de stress; aumenta a capacidade motora e a de resistência. Muito útil, sim senhora. Só estes argumentos deveriam ser o suficiente para tornar esta prática obrigatória em todos os locais de trabalho.
A verdade é que a data pretende alertar para a importância do descanso.
Os empregadores teriam muito a ganhar com funcionários mais relaxados, descansados e por isso mais produtivos.
Quantas vezes sentimos que somos incapazes de pensar ou de "levantar um dedo" porque estamos exaustos? Quantas vezes pensamos em fechar os olhos só por uns instantes? Em contrapartida enchemo-nos de doces, tomamos montes de café, ficamos irritados por tudo e por nada e, no mínimo, desejamos atirar com o furador à cabeça de alguém. Com o sono ficamos praticamente uns Hulk (monstros enormes, verdes de raiva - mas ainda vestidos) e um cochilinho era o suficiente para voltarmos à nossa humanidade (com a vantagem do upgrade das nossas capacidades).
É por isso que tenho esperança que este Festival do Sono, um dia, seja oficialmente consagrado como uma das datas mais importantes do nosso calendário.
Até lá e se amanhã estiverem dispostos a ser uns festivaleiros (naquela meia horita durante a pausa para almoço) lembrem-se de uma coisa muito importante: ativar o despertador do telemóvel.  Não queremos ninguém a passar a noite no escritório, pois não?

Foto NY Times

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