Produção em série (#9)
Apesar de considerar os 40 como o início do auge feminino, aceito a ideia de que algumas mulheres detestem este marco das suas vidas.
Eu adorei entrar nos 40 porque senti que me trouxeram um certo entendimento e uma certa maturidade, e isso permitiu-me (e permite) viver de uma forma ainda mais saudável (física e psicologicamente falando).
Mas não é fácil explicar o que se sente (e se vai sentindo) com os 40, porque cada pessoa é única e as alterações que possa (ou não) experimentar são muito suas.
O melhor é esperar para ver.
Se já lá chegaram, parabéns: lidem com eles da melhor forma possível.
De preferência, sem preconceitos e com uma mente aberta porque, realmente, há coisas que só melhoram com a idade...tipo Vinho do Porto.
Mas é certo que há mulheres que gostam de tentar parar o tempo, seja porque motivo for.
Algumas ficam-se pela frustração de não saberem como. Outras iludem-se com o "controlo" da natureza e da gravidade. Outras fazem-no mentindo.
É o que acontece na série "Younger".
Liza, uma mulher de 40 anos, não arranja emprego por causa da idade e, assim, recria-se como uma jovem de 26. É assim que consegue o lugar de assistente da diretora de comunicação na editora Empirical.
As múltiplas peripécias que Liza enfrenta, porque vive uma mentira junto dos seus novos colegas e amigos, agravam-se quando na sua vida entram Charles (o dono da editora, quarentão divorciado) e Josh (o jovem tatuador, muito enamorado).
A vida de Liza passa a ser um turbilhão de mal entendidos que ela vai tentando contornar, num dia a dia que a obriga a ser o que não é para não revelar a sua verdadeira idade.
A série (dos criadores do "Sexo e a Cidade") é giríssima, tem situações e personagens hilariantes (Diana, a chefe de Liza, é surreal) e é excelente para refletir, descontraidamente, se é certo o que a música diz: "ai quem me dera ter outra vez vinte anos"...
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