Na cama com (capítulo 3)
As lendas arturianas são "mais velhas do que a Sé de Braga".
São um clássico.
Quem nunca ouvio falar do Rei Arthur, dos Cavaleiros da Távola Redonda, da Morgaine, de Guinevere, Lancelot e Merlin, o mago?
São personagens que têm encantado várias gerações.
E desde 1979 Marion Zimmer Bradley dá uma ajudinha ao mito com os quatro livros da obra "As Brumas de Avalon".
Livros surreais que, em 2001, até deram origem a uma mini série.
"A Senhora da Magia", "A Grande Raínha", "O Gamo Rei" e o "Prisioneiro da Árvore"contam a história pela perspetiva feminina e a autora tem o dom de sugar-nos a atenção de forma quase indescritível.
Ela usa a aventura, a história, a magia, o romance e a intriga, que fazem da lenda do Rei Arthur uma das mais conhecidas, e multiplica-os em cada página com cenários fantásticos, um enredo intenso e personagens misteriosas.
Eu
devia ter 16 anos quando li os quatro volumes "de enfiada".
Lembro-me
de ter ficado maravilhada ao ponto de achar que não iria conseguir ler
mais nada na vida (nesta idade há muito espaço e tempo para o drama).
E
por isso repeti a leitura, com o mesmo entusiasmo da primeira vez.
A
minha imaginação fazia-me sonhar acordada com a misteriosa ilha de Avalon, a magia das Sacerdotisas, o Povo das Fadas, a vida nos castelos medievais, a bravura dos cavaleiros, o seu amor pelas donzelas (não correspondido ou proibido).
A realidade desvanecia-se.
E não
é isso que se quer dos livros?
Hoje
continuam a ser os meus favoritos e ainda não sei se gosto mais
do rei Arthur ou do cavaleiro Lancelot (no fundo, no fundo sou uma Guinevere).
Nem sei se devo ter pena ou raiva de Morgaine ou o que pensar de Merlin, que ás vezes parece mesmo Maquiavel com aquela coisa dos fins justificarem os meios.
Provavelmente vou lê-los mais uma vez para decidir.
O que não será um sacrifício.
Já agora, dizem que o Plano Nacional de Leitura recomenda para o 3 º ciclo uma leitura autónoma desta obra. Eu concordo totalmente.
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