Stop

Nas minhas recentes incursões natalícias pelo mundo maravilhoso dos brinquedos e jogos, descobri um que me fez rir de nostalgia e de irritação.
O Stop.
Quem não se lembra de perder horas com este jogo? Em casa, no recreio, em viagem, nas festas.
Em qualquer ocasião e em qualquer sitio, podíamos jogar "de boca" ou, numa versão mais incrementada, com papel e lápis. 
Juntávamos os amigos e perdíamos a noção do tempo.  
Um dizia o abecedário em silêncio (saber o "abc" de "cor e salteado" era requisito obrigatório) e quando outro dizia stop, revelava-se a letra.
Às vezes lá havia uma ou outra mentirinha porque ninguém queria o "x", o "z" ou o "h".
A seguir todos escreviam palavras das categorias já combinadas (carros, nomes, países, frutos...) e contavam-se os pontos quando alguém completava a lista ou, simplesmente, quando todos decidiam já não haver mais nada para escrever.
Era rara a vez em que não havia alguém a tentar "vender" ao resto do grupo uma palavra inexistente.
Entre zangas e gargalhadas o jogo era simples, educativo e... de graça!
Então qual o meu espanto quando, por entre prateleiras de jogos de tabuleiro mais ou menos interessantes ou mais ou menos idiotas, dou de caras com este a custar 22€!
O conteúdo da caixa resume-se a:
1 Roda de Abecedário
50 Cartas trilingues de Categorias
1 Bloco de 100 páginas para jogar
4 Lápis
Claro que meu deu para rir.
22€ por lápis, papel, falta de imaginação e muita preguiça mental!
Não havia necessidade (como dizia o outro). 
Então, cá vai a sugestão de natal: não comprem e optem pela versão "old school".
Ensinem os miúdos a construir o jogo sozinhos, a pensar e a cantarolar as letras todas.
Sai mais em conta.
Foto do site Majora

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