4DX

Descobri recentemente que o 2D é pré-histórico, o 3D é banal e que o que "está a dar" é o 4D. 
Ou melhor: o 4DX.
Pelos vistos esta é a designação do cinema do futuro; aquele que envolve todos os nossos sentidos.
Literalmente.
Com o 4DX ir ao cinema deixa de ser o momento relaxante em que nos sentamos com o balde de pipocas no colo e simplesmente vemos o filme.
Não. Isso é coisa do passado.
Agora a ideia é ficarmos, o mais possível, "dentro" do filme. Como se fossemos parte da ação.
E eu que achava que ver um filme 3D já era suficientemente perturbador (e ridículo por causa dos óculos).
Dizem que, com o 4DX, as cadeiras fazem-nos voar, travar, acelerar enquanto sentimos os odores, a chuva na cara, o vento nos cabelos e sabe-se lá mais o quê.
Tudo muito realista e multidimensional. 
Portanto, longe vão os tempos em que o 2D nos entusiasmava e em que ir ao cinema era um acontecimento único que servia para as datas especiais, como os aniversários. Só se podia comprar o bilhete no local, não se comia na sala e havia intervalo com direito a sininho. Não havia muito por onde escolher e os filmes eram exibidos durante muito tempo.
Com o 3D ainda a "dar cartas" alguém tinha de inventar uma nova forma de ver filmes. 
Confesso que estou ansiosa por experimentar e, ao mesmo tempo, receosa porque o blockbuster em exibição é "X-Men: Apocalipse" e não não sei se quero "sentir" a ação toda, percebem?
É que já me imagino a sair da sala aos tropeções, atordoada, com os cabelos desalinhados e completamente enjoada com o cheiro a suor, porque o trailler mostra umas personagens muito ativas e com fatos que devem ser em licra.
Mas vou lá ver como é para contar como foi. Boa sorte para mim.
Se mais alguém estiver interessado, no norte há um sala 4DX no GaiaShopping. 



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