Edinburgh
Agora que já sabemos como se pronuncia (e chegamos à conclusão que nunca dissemos bem), aqui ficam algumas dicas para quem quiser aventurar-se na capital da Escócia (nota: quem gosta de viajar em grande estilo não precisa de perder tempo com este "post"; nós viajamos sobretudo para o luxo cultural).
Viagem:
Nesta altura do ano a Ryanair voa diretamente do Porto às 3ªs e sábados. O aeroporto é pequeno mas concorrido e o passaporte eletrónico vai ajudar a passar rapidamente pelo controlo. No regresso preparem-se para a confusão com as bagagens.
Transfer:
Os autocarros da Airlink funcionam muito bem e fazem o percurso desde o aeroporto até ao centro da cidade. É possível comprar os bilhetes online, no stand da empresa ou junto dos motoristas. A paragem fica situada na zona das partidas do aeroporto e leva-nos até central Waverley bridge (onde se localiza a principal estação da cidade).
Alojamento:
Há muito por onde escolher, tanto na New Town como na Old Town.
Quem, como nós, gosta da experiência cultural/histórica da cidade (por oposição a compras em lojas de marca que se encontram em qualquer centro comercial, na maior parte das cidades) então a escolha deve recair na Old Town.
Seja como for, os preços por noite são de loucos (porque nesta cidade tudo é caro).
A nossa opção foi a usual cadeia Ibis.
O Ibis Center Royal Mile (mesmo no coração da cidade) combina, da melhor maneira, preço/qualidade e, sobretudo, localização:
- staff 5*
- quartos confortáveis e com amenidades pouco comuns neste tipo de hotel (ex. chaleira com café, chá e bolachas)
- limpeza/higiene irrepreensível
- pequeno almoço continental e americano
A cidade:
É muito mais pequena e intuitiva do que parece nos mapas e livros. Divide-se simplesmente em New e Old.
A New tem quarteirões a Old tem a Royal Mile e tudo se passa aqui.
Num dos extremos da Royal Mile fica o Castle Hill (com o fabuloso castelo de Edinburgh) e no outro fica o Holyrood Palace (com o incrível Holyrood Park e o Arthur's Seat).
Em
dois dias visita-se perfeitamente tudo o que há de mais relevante para
visitar e sempre com aquele ar de embasbacados (porque todos os
edifícios, ruas, becos ou jardins são verdadeiramente impressionantes).
As pessoas:
Tão simpáticas e amistosas como os Irlandeses (do sul da Irlanda, pelo menos). O sotaque é de "morrer" mas não se encontram muitas pessoas que o tenham tão cerrado que não se perceba.
A comida:
Escocesa?!? Só para quem não tem medo de um ataque de fígado ou duma dor de barriga.
Nós temos e por isso não fomos corajosos o suficiente para experimentar o famoso haggis, a porridge, as baked potato nem as neeps and tatties...
Ficamos pela sopa (sim, os escoceses fazem sopa), pelo frango grelhado ou em hambúrguer, pelos scones, pizzas e bolos das patisseries que (espantosamente) existem em Edinburgh.
Para que conste, o pequeno almoço típico na Escócia é assim (e para nós isto entra na categoria "nunca na vida") :
Foto: http://www.myscottishheart.com |
A alimentação em restaurantes é cara, claro, mas nos supermercados é tudo muito acessível. Portanto pode ser mais económico para quem optar por um apartamento e cozinhar as suas refeições.
De qualquer forma, aqui ficam alguns sítios a considerar:
Visitar:
Tudo o que for possível (os museus são quase todos grátis) porque a cidade é riquíssima: cultural, histórica e artisticamente falando.
Não esquecer de reservar um dia para uma tour até ao famoso Loch Ness. Não será o melhor passeio (por causa dos condicionalismos de tempo, de percurso e de visitas) mas é o mais prático para quem tem poucos dias de férias. Existem várias empresas, esta foi a escolhida mas não serve de exemplo.
Num sábado ou num domingo, vale a pena ir a uma Farmers' Market como a que se realiza na Grassmarket. É uma espécie de mercado ao ar livre e feira de artesanato com street food.
A não perder (mesmo):
- National Museum of Scotland (é completamente surreal e para toda a família)
- Arthur's Seat (uma subida dura e alucinante que vale a pena pela vista que se tem, quando se chega ao topo)
É importantíssimo vaguear pela cidade. Andar muito é a palavra de ordem para quem quer (e gosta de) conhecer todos os recantos. Não deixem, inclusive, de dar uma espreitadela a um cemitério. É muito mais do que uma experiência mórbida, como poderão perceber se visitarem o Bobby no Greyfriar's Kirkyard.
Pontos negativos:
Edinburgh é sujita, tem alguns bêbados e muitos pedintes, espalhados pelas esquinas, e pouca policia à vista. No entanto, durante o dia não se sente qualquer tipo de ameaça.
Pela noite dentro (anoitece muito tarde) não sabemos... os nossos horários, quando visitamos uma cidade, são diurnos e geralmente ficamos tão exaustos que recolhemos cedo.
Não faltam:
Kilts (não consegui convence-lo a experimentar um... sim, "um" e não "uma") e gaitas de foles! Por todo o lado, como seria de esperar neste canto do mundo.
Temperatura:
Nesta altura do ano, se não chover, preparem-se para o vento gelado e não se deixem enganar pelos escoceses em calções e mangas curtas ou pelas escocesas em vestidinhos de verão (todos nos jardins a comer gelados, como se estivessem 30º). Em Inverness (nas Highlands) o vento/frio é ainda mais agressivo.
Voltar:
Sem dúvida. Mas, talvez, durante o Edinburgh International Festival.
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